"8 Casas" Capítulo VI - Os Guardiões da Magia e o Totem dos Fundadores

Verão


Totem dos Fundadores, pilar de madeira


Veras (Verão) 
o Skuld (meio elfo)
Mal acabaram de fugir de um Dragão Vermelho no Calabouço do Castelo da Diretoria, e do próprio diretor da academia logo em seguida, e o quarteto já estava diante de mais um dos 8 Mistérios de Luz e Trevas segundo Prima, o Goleriano. Revelados seus nomes todos se depararam com algo incomum e inusitado em pleno o centro do Grande Templo de Aulas. 


O Totem dos Fundadores ressoava em resposta à conjuração dos nomes. Veras desconfiava do circulo élfico em volta do totem assim que o viu, e não lhe foi surpresa ser algo mágico. As runas no círculo eram de uma combinação muito especifica e por algum motivo lembrava-lhe seu pai, seria apenas uma coincidência? Dada a influência dele no passado da academia? Ele pensava que não.


...


Prima (Primavera)
 o Goleriano (meio golem)
- O que está acontecendo - Gaguejava alegre Prima, o goleriano, acreditando que os "Deuses Fundadores" atenderam suas preces;


- Vocês tinham razão - Agora Tom, a androide, admirada - Nomes realmente tem poder! - Com suas quatro mãos em frangalhos usava seus braços para se proteger da luminosidade emitida pelo totem;


- Não pode ter sido só coincidência... - Isso chamou minha atenção - Temos os nomes das quatro diferentes estações do ano. E agora que estamos reunidos aqui esse totem simplesmente reage magicamente à nossa presença? - Indagava Invy, a zumbi;


- Não só por estarmos reunidos - Disse completando o raciocínio de Invy - Foi exatamente como a Tom falou, essa magia foi ativada logo após o momento em que falamos nossos nomes em voz alta;


Tom (Outono)
 a Androide (meio máquina) 

- Vocês quem disseram ué! - Tom, a androide, em sua ingenuidade mal sabia o quão certa estava - Nomes tem poder! E os nossos conjuraram uma magia!


Invy (Inverno)
a Humana (Zumbi)
Primeiro o Totem dos Fundadores brilhava como uma grande luminária fantasmagórica deixando o Templo de Aulas tão claro quanto durante o dia. A poderosa aura mágica emitida pelo totem se expandiu por todo o templo iluminando os letreiros com os nomes das oito matérias-classe, em cima das portas de entrada de seus respectivos templos, expostos no octógono.

Logo após, foi a vez dos olhos e bocas dos familiares dos oito fundadores esculpidos na madeira abrirem-se também luminosos. E eis que todos começaram a falar em um idioma diferente, cobrando algo, o preço da magia a ser conjurada. Os quatro familiares do grupo reagiram em animosidade. Garra meu pandium, Diglos o camaleão androide de Tom, Meia-noite a gata zumbi de Invy e Escuda a tartaruga diamante de Prima, os quatro se mostraram bastante incomodados e inquietos com as vozes vindas do totem.


Segundo a história dos Conjuradores desde os tempos mais antigos todos os aprendizes, ao entrarem na academia, traziam consigo um familiar para completar a matrícula. Não só por ser um animal mágico, tradição entre todos os conjuradores na maioria das dimensões, mas principalmente pelo efeito mais prático de todos, e que ajuda em muito todos os alunos aqui na academia: Eles servem como tradutores universais para as diversas línguas faladas aqui.

 Seria complicado todos se entenderem em uma escola que recebe alunos de diversas culturas, línguas e mundos diferentes. Eles possuem um elo mágico natural de servo e mestre com seu conjurador, aproveitando-se dessa conexão passam por alguns rituais ao serem admitidos, e um deles é justamente o de tradutores mágicos. Independente de qual seja a língua falada, todos no local entendem o que é dito como se fosse sua língua natal. Por isso todos se entendem perfeitamente. Isso ajuda muito na hora de aprenderem uma conjuração por exemplo, independente de qual dimensão ou língua seja sua origem, poderá conjura-la em sua língua natal. Portanto, se um aprendiz entrar na academia sem nenhum familiar ele não entenderá nada do misto dos diversos idiomas falados por todos além do dele, ou outro que por ventura já tenha conhecimento, e só poderá conjurar magias no dialeto original da própria conjuração.

Ainda que estivéssemos com os nossos familiares, que deveriam traduzir para nossa língua a mensagem do totem, dessa vez, o idioma que ouvíamos era o original. Um dialeto novo e desconhecido era falado pelos animais no totem, no entanto, estranhamente, eu o entendia. E não era nenhuma língua élfica, pois eu conheço a maioria delas. Eles estavam pedindo algo. E não pediam qualquer coisa. Pediam itens. Nossos itens.


"Bravos conjuradores e Guardiões da Magia
sejam bem vindos ao 
Totem dos Fundadores!
A Primeira e Segunda etapa do ritual de conjuração
 da Magia Divina foi concluída:
A união dos opostos, o Desfecho;
 e a conjuração das palavras magicas, o Ômega e o Beta.
Para a conclusão da próxima etapa,
 o Sacrifício,
 peço-lhes o pagamento para terem acesso
 a tamanho tesouro divino.
Invoquem os quatro altares 
que representam cada uma das palavras mágicas
e dê-nos, no tempo certo, 
um item de poder sem igual para julgarmos valido
 e ganharem o acesso".       


- "Guardiões da magia""União dos opostos" e... "Julgamento"? - Invy, a garota zumbi, se perguntava desconfiada. Isso significava que ela também havia entendido. Questionava enquanto animados, dois dos animais de madeira, Corvo e Gato, a encaravam como se aguardassem por algo;

- Espera! Espera! Eles falaram que se pagarmos teremos acesso a um "Tesouro Divino"? - Os olhos de Tom a androide, brilhavam de entusiasmo, também havia entendido o dialeto diferente - Tesouro! Será enfim a nossa recompensa por enfrentarmos o dragão vermelho? - Coruja e Camaleão a observaram enquanto pulava de alegria;

- mais para "fugirmos" de um Dragão Vermelho! - Disse-lhe com um meio sorriso irônico;

Terra, Ar, Fogo e Água, os Caminhos Elementais dos Conjuradores

- Isso prova minha teoria sobre o misterioso segredo guardado no totem dos fundadores! É um tesouro divino! Eu sabia! Sabia! Minha tese vai virar livro! - Alegrava-se também Prima, o goleriano, mais entusiasmado que os demais e seguido pelos olhares da Tartaruga e Lagarta no totem;


Caminho Elemental da Água
- Esse livro eu vou passar cabeça de pedra! - Sorri cinicamente - Tesouro dos fundadores e um preço para consegui-los - Aproximei-me do totem sendo seguido pelos olhos de madeira de Águia e Peixe - Não pode ser só obra de meu pai - Analisei uma vez mais o circulo élfico e entendi enfim o seu objetivo - Tá mais para uma ambição dele! - Peguei meu poderoso Orbe Oceano para com ele conjurar mais uma vez a magia que me mostraria o melhor caminho a seguir, e sem água para fazer minha esfera aquática de adivinhação, tive que conjura-la em forma de truque elemental - Esfera Aquática! - Gotículas de água surgiam e se acumulavam na palma de minha mão moldando-se em uma esfera. Só não imaginava a cara de espanto dos três ao descobrirem que diferente deles, desde criança, já domino completamente meu caminho elemental, o Caminho da Água. Jamais deixaria isso para o segundo ano como a maioria dos aprendizes desleixados de Luz & Trevas esperando pelo TEV (Teste Vocacional Elemental) para descobrirem e aprenderem sobre seu elemento. Pequenas gotículas de água foram se formando até criar uma esfera do tamanho de meu punho. E enfim com ela conjurei logo em seguida a minha magia mais poderosa - Augúrio! - Utilizando-se da energia mágica do totem como pagamento o orbe conjurou a magia superior. Meus olhos e cabelos foram tingidos de um azul espectral, assim como marcas por toda a minha pele. Sentindo de leve os efeitos da fadiga, cansaço por usar magias demais, por conjurar duas magias de uma só vez li a palavra que se formara na esfera aquática e me serviu de aval para fazer o que já tinha em mente - Êxito - E despedi-me do poderoso e sem igual presente de meu pai - Adeus Orbe da Criação!

Orbe Oceano de Ellyllon
O circulo élfico brilhou e do chão um pequeno altar de pedra foi transmutado quase que instantaneamente depois de usar meu augúrio. O Altar de Verão, havia escrito nele no idioma que falavam. Tão misteriosamente quanto entendê-lo também soube lê-lo. Um pequeno encaixe para depositar meu precioso item encontrava-se em destaque. Águia e Peixe olhavam-no, analisando-o, aguardando-o. O pesar de abrir mão de um item tão poderoso quase me fez exitar, mas não fez, o único presente que ganhei de meu pai e ironicamente a única coisa que iria fazer-me supera-lo. Após entregar-lhes o Orbe Oceano, Águia e Peixe olharam para mim com seus olhos e bocas de lanterna.




- Julgamento concluído. O Orbe Oceano da Criação de Ellyllon. Item válido - Disseram em unisom no seu estranho dialeto. Com isso o altar fechou-se como uma urna guardando para si o item; 



- Pronto, agora é com vocês - Disse olhando para os três receosos ainda que com lágrimas marcando o adeus ao orbe;

- Seu item... Você realmente o deu... - Disse boquiaberto Prima, o goleriano, segurando pesaroso sua arma de osso com a Matéria Negra na ponta. Não só ele como os outros também seguravam apreensivos seus poderosos itens, o Tablet Tecno-mágico e a Pedra Branca;       

- Eu também não o entrego de todo bom grado, mas o orbe era de meu pai, um Freyr (Elfo clássico), e esse tesouro provavelmente sua ambição... Quem diria que seu filho, um mero Skuld, o superaria? Meu pai era destaque aqui na academia e até mesmo na Elfland (cidade élfica) dos Volündrs (Elfos Ferreiros). Muitos acharam que ele havia sido expulso da Floresta Sagrada dos Freyr por ter se casado com uma humana e ter tido um filho Skuld, mal sabiam eles o real motivo, e o mal que meu pai pode ter causado a toda a dimensão. - Os três passaram a absorver minha história - Ele fugiu da Floresta Sagrada dos Freyr por ter roubado esse item. E não só ele. Talvez fosse seu objetivo desde o inicio. Entrega-lo ao Totem para ter acesso a esse "tesouro" que provavelmente almejava. E no fim das contas logo eu entrega-lo! Isso é justiça poética! Talvez essa Magia Divina citada deva ser mais poderosa que os próprios Orbes da Criação! - Ainda assim, todos pareciam mais que apegados a seus itens - Pois bem... Deixa eu lhes contar brevemente essa história...
...


Floresta Dourada dos Freyr em Ellyllon

História de Ellyllon

Em Ellyllon os Finns, elfos xamãs, acreditam que os Freyr são de descendência celestial, que vieram de Vallinor, o céu para os elfos. Como se fossem anjos. E que um dia retornarão à ela guiados pela Criança Predestinada, um escolhido de sangue real, basicamente a versão Messias dos elfos. Segundo a lenda da criação, quatro Alfars, poderosíssimos elfos milenares e dotados de grande poder e magia, vindos de Vallinor, desceram a um planeta infértil e criaram Ellyllon dele utilizando quatro relíquias sagradas, os Orbes da Criação, que levavam seus nomes.



Traduzido do dialeto antigo são: Solar, Montanha, Vendaval e Oceano. E depois descansaram seus itens em quatro templos sagrados nos quatro cantos de Ellyllon, no interior de florestas mágicas, e as chamaram de: (1) Floresta Dourada, a que guardava o Orbe Solar; (2) Floresta Verde, a que guarda o Orbe Montanha; (3) Floresta Branca, a que guarda o Orbe Vendaval e (4) Floresta Azul, a que guardava o Orbe Oceano. Enquanto permanecessem nos templos o equilíbrio do planeta estaria seguro.


Príncipe Ellellöem, a realeza Freyr, 
descendentes do primeiro casal élfico
A partir de então toda a sociedade élfica foi desenvolvida em volta das quatro grandes florestas sagradas. E ainda que a entrada no templo sagrado seja proibida os Freyrs poderiam viver nas florestas com a função de protege-las, por serem os elfos mais "sagrados" dentre todas as raças. Isso porque são descendentes do primeiro casal élfico que apareceu em Ellyllon, estes nascidos da própria floresta sagrada para povoar o mundo, por isso: A Realeza. Essa é a verídica, e carente de fontes, história que atesta, convenientemente, a supremacia Freyr em Ellyllon. Assim as outras raças élficas que surgiram posteriormente estabeleceram suas moradias em torno das Quatro Grandes Florestas em cidades de todo tipo, incluindo subterrâneas e até submersas no oceano. Como os Volündrs nas enormes elflands; os Dokkappas, elfos marinhos, nas submersas elfseas; e os temidos Dokkalfar, os elfos negros, nas profundas cavernas subterrâneas.


E como a luz não viveria sem as trevas, e toda civilização tem sua história de guerra, a paz foi quebrada tempos depois com o surgimento dos Elf-Knight, elfos corrompidos com o poder das trevas, que buscavam os quatro Orbes da Criação para objetivos maléficos. Guerras foram travadas em toda a Ellyllon para apoderar-se dos itens culminando na queda da Quarta Floresta e de seu povo, a Floresta Azul, e no roubo do Orbe Oceano. Porém, deixando a animosidade que já existia entre as raças de lado, os reinos decidiram se unir e juntos os derrotaram. Coroando um único rei no processo. Com a morte dos elfos corrompidos todos passaram a viver em harmonia desde então, guiados por um único Vanir (Rei), o da Floresta Dourada. Infelizmente o Orbe Oceano nunca foi recuperado, porém com o tempo um mito criou força, a lenda de um ultimo Elf-Knight ainda vivo, que cavalgando solitário pelas terras devastadas da antiga Floresta Azul carregava consigo o orbe da criação, corrompendo-o.


A História de Beltane D'Alffar 


A linhagem real descende dos primeiros Freyrs, de onde surgirá o messias. Mas essa não é uma história sobre ele, e sim sobre o meu pai, o ladrão. Ele não era descendente dos primeiros Freyrs e não fazia parte da família real, mas sim um descendente direto de um dos quatro Alfars que criaram Ellyllon. Os únicos que podem, segundo a lenda, manejar um orbe da criação. 

Beltane D'Alffar, meu pai, vinha de uma linhagem de poderosos feiticeiros e logo se destacou na Floresta Dourada. Sua afinidade com a magia era superior aos demais, e como eu, desde criança já manifestava seu domínio sobre seu caminho elemental, o Fogo. Com 13 anos já começava a criar suas próprias magias com seu caminho. Vendo sua genialidade os Finns e o próprio Vanir o enviaram para a renomada Academia Arcana de Magia Luz & Trevas afim de expandir seus conhecimentos.

Aqui na academia ele se destacou ainda mais, sendo coroado Rei do Peixe e se tornado o melhor evocador da escola da sua geração. Enfim, depois de entrar em um grupo dos mais seletos estudantes, conheceu Litha, minha mãe, que também fazia parte do mesmo grupo. Ela por sua vez era destaque de seu grêmio, Águia, e uma das maiores videntes da academia. Quando retornou à Ellyllon e à Floresta Dourada ele já a trazia consigo grávida. Ainda que se sentisse deslocada em uma sociedade élfica, um peixe fora d'água, ela faria de tudo por ele.


Litha vidente e Conjuradora
 do Caminho Elemental da Água
Mas esse romance não era bem visto, pois um D'Alffar, descendente dos Alfars criadores, só poderia se casar com alguém de mesmo sangue para manter o poder dos criadores intacto geração após geração. Isso não o pararia, não o impediu de ficar com ela e logo todos cederiam aos seus caprichos, pois o que ele faria mudaria para sempre a história de Ellyllon e dos moradores da Floresta Sagrada. Ele não só enfrentou a todos para manter seu relacionamento com minha mãe, uma reles humana, como foi condecorado pelo próprio Vanir como membro da Guarda Sagrada, com a função de proteger o Templo Sagrado e a família real. Depois disso montou a criticada expedição para as terras maculadas, a antiga Floresta Azul, para caçar o lendário ultimo Elf-Knight e recuperar o Orbe Oceano. Somente o Rei, que o admirava, confiava nele e cria nessa expedição.


A História de Verão D'Alffar... A Minha História


Eles se casaram em segredo em uma cerimonia de purificação élfica chamada a Festa da Fogueira. E antes de partir em sua polêmica expedição eu nasci. O maior tabu entre os D'Alfar, um Skuld. 

Sofri muito preconceito por quebrar a cadeia de descendentes de linhagem pura. Porém em termos de técnica sempre fui como meu pai, era considerado uma criança prodígio, o que não impediu de sofrer discriminação. Mesmo sem entender todo o preconceito já era ciente que teria que me provar duas ou três vezes mais que os demais simplesmente pelo fato de ser um mestiço. E o fiz com êxito.

Litha, que também era considerada inferior, jamais deixou isso me afetar diretamente. Me ensinou a lidar com a situação, me ensinou a ser forte. E graças a ela me tornei o primeiro de minha geração, na Floresta Dourada, a controlar meu caminho elemental, a Água, assim como o dela que me instruiu magistralmente. Porém, logo, nada disso importaria, pois Beltane gravou seu nome na história em dois momentos, a primeira vez para o bem e outra para o mal. Tornou-se famoso não só por provar que a lenda do ultimo Elf-Knight era real, mas como por tê-lo derrotado e recuperado o poderoso Orbe Oceano.

Beltane & Litha
Quando retornou fora tratado como um herói, como um mito, se tornaria uma lenda. O maior orgulho do Vanir da Floresta Dourada chegando a ignorar o próprio filho, e único amigo de meu pai, o príncipe Ellellöwen. E isso lhe custaria muito caro. Pois meu pai havia retornado diferente dessa missão. Mudado. Beltane passou de famoso à infame muito rápido. Muito pouco aprendi de seus ensinamentos, mas uma técnica jamais esquecerei, a que ele insistia em me ensinar: A de manipular o Orbe Oceano, o seu segredo e primeiro erro. Ele deveria ter deixado o orbe no velho Templo Sagrado nas terras devastadas da antiga Floresta Azul. Ao invés disso o trouxe consigo, e me ensinou seus segredos. Quando o Vanir (Rei) descobriu sobre o orbe, já era tarde demais. Beltane não só havia desaparecido como havia invadido o templo dourado e levado consigo outro orbe, o Orbe Solar. Ladrão de dois dos Orbes da Criação, mais do que todos os Elf-Knight juntos puderam fazer durante a  guerra. Abandonando seu povo, seu rei, seu melhor amigo, sua esposa e a mim.

Litha e eu só não fomos executados por alta traição, como cúmplices, por sermos salvos pelo príncipe Ellellöwen no último instante. Exilados passamos a viver como foragidos. Fomos aceitos na Elfland dos Volündrs pois era do tipo que acolhia os mestiços e qualquer outra raça considerada inferior entre os elfos. Ellellöwen havia se tornado o novo Vanir e seu pai havia morrido, de desgosto talvez. Com a nova coroação eu e minha mãe fomos perdoados, mas proibidos de retornar a floresta dourada ou qualquer outra floresta sagrada. Porém o perdão não incluía o renegado Beltane.

A última vez que vi meu pai ele já havia conquistado a simpatia de todos da Elfland com suas mentiras. E antes do seu sumiço definitivo ele me confiou o Orbe Oceano com a promessa de que um dia eu precisaria muito do item. É pai, parece que esse dia chegou. Beltane, o maior herói e ladrão de Ellyllon nunca mais fora visto. Quando completei meus 12 anos foi a vez de Litha me abandonar. Humanos são realmente muito frágeis. Ela que sempre esteve ao meu lado. Que sempre me consolava, que me ensinava e me protegia. Não a teria mais. Talvez seu único pecado tenha sido amar meu pai. Ela não era tão inocente, assim como eu também não sou. Pois ambos jamais cogitamos a possibilidade de levar o orbe oceano de volta ao Templo Sagrado onde é o seu lugar, ainda que estivéssemos no exílio. Agora ambos foram dados como mortos. E talvez estejam. Ou quem sabe seja apenas mais uma das mentiras de meu pai...


Litha e Verão

...


Tablet Tecno Mágico
- Caramba cara... - Disse-me tocado com minha história Prima, o golleriano - Você passou por uma barra por causa de seu pai, entendo o motivo pela qual procura... Supera-lo - Segurou seu item, a arma com a matéria negra, e caminhou em direção ao Totem dos Fundadores, à minha direita, mesmo que ainda apreensivo;


Bastão Negro
- Saquei... - Disse Tom, a Androide - Supera-lo tendo acesso ao tesouro que ele tanto queria. Nunca me pareceu uma troca ruim, um item pelo tesouro! Ainda que... - De animada olhou com carinho para seu tablet, passando talvez toda uma história em sua cabeça, quem sabe uma semelhante a minha - Foi-se meu Canivete, minha Amy e Yumi estão em frangalhos e agora o Tablet... - Ainda assim ela caminhou em direção ao Totem, à minha esquerda;


A Pedra Branca

- Só falta você - Olhei para Invy, a garota Zumbi, de todos me parecia a menos indecisa;

- Tocante sua história Veras... - Disse-me segurando fortemente sua Pedra Branca sem um colar - De todos você parece ter mais motivos para querer "abrir" esse Totem. Ainda que a mais lesada, até então, tenha sido a Tom, e o sonho de decifrar os 8 Segredos de Luz e Trevas seja de Prima. Ainda assim... - disse olhando para os dois citados e seus itens - Sinto muito mas, não! Não vou abrir mão de meu item;


- O quê? - Todos foram pegues de surpresa - O Totem nos chamou de Guardiões da Magia! Ele nos entregará um Tesouro Divino! Estamos a um passo de conseguir tudo isso! Não está ao menos curiosa para descobrir o que esses títulos significam? - Interroguei-a, não seria possível que a um passo de termos acesso à tal tesouro ela daria para trás;

- É claro que eu estou curiosa! Mas sem chance de eu entregar a Pedra Branca que meu pai deixou para mim para sacia-la! Me responde uma coisa Veras, qual foi o objetivo de ter nos contado toda essa história tocante sobre seu passado? Compartilhar sua dor e nos unirmos como um grupo? Ou só para darmos nossos itens e você conseguir enfim superar seu pai? Quando terminar tudo isso o que seremos? Os "Guardiões da Magia" ou amigos?

Zumbis choram? Deparei-me com o olhar decepcionado de Invy. Os outros dois, antes decididos, foram levados pela duvida e pelo questionamento da zumbi. O que eu realmente queria abrindo esse totem? Nem eu mesmo saberia responder ao certo. Tudo o que envolve meu pai me deixa cego! Um mero Skuld, nascido para ser alvo de escarnio e desapontamentos por parte dos elfos perfeitos. Cresci junto com o desejo de provar que posso ser mais, com o desejo de provar que posso ser como um Freyr, como meu pai. E hoje, podendo ter acesso ao Tesouro Divino dos fundadores dos grêmios de Luz & Trevas me vi a um passo de supera-lo. Estaria Invy certa? Qual seria meu real objetivo? Presumo que com relação à amizades, coisa que os três pareciam almejar... Isso realmente nunca fez parte de meus planos.


- Então era disso que se tratava! - Balançou a cabeça em negação Prima - E eu achando que estávamos todos enfim nos conectando! Todo esse alvoroço só para ter nossos itens. Você fala tanto de seu pai e suas mentiras que nem ao menos percebeu que não precisa supera-lo - Olhou-me parecendo desapontado - você já é como ele! - Se afastando do Totem ele guardou sua arma de osso com a fabulosa Matéria Negra em sua ponta, indo de encontro à Invy. O que ele queria? Também queria ser meu BFF?

- Na verdade isso foi brilhante! - Parabenizou-me Tom, a androide - Você seria um excelente vendedor de itens, me enganou direitinho - Sorriu - Posso me arrepender depois de perceber que continuo pobre, mas eu com eles, foi mal! - Seu tablet, um genuíno item tecno-magico, também foi guardado ao se afastar do Totem e se unir aos outros;

Ao se afastarem a magia encerrou-se. Perdida para sempre? Ou até conjurarmos nossos verdadeiros nomes novamente? O Totem dos Fundadores extinguiu sua luz, assim como o circulo élfico, e tudo fora tomado pela escuridão novamente. Esse fora de fato um dia de perdas. E não falo somente do droide ajudante de Tom, do meu poderoso orbe da criação ou do Tesouro Divino dos Fundadores. Um aperto no peito indicava que algo mais fora perdido.

Vendo-os virarem as costas para mim, indo em direção à saída sentia que algo igualmente poderoso fora perdido. Tão acostumado a estar sempre sozinho, e a passar todo o primeiro ano de Luz & Trevas sem amigos, iria sentir algo semelhante a isso, em tão pouco tempo? Fora isso que Invy quis dizer com essa história de "conexão"? Por isso Prima estava tão chateado? Isso poderia ser o início de uma amizade? Como nunca tive, não saberia dizer ao certo. O que sabia era que o sentimento que sentia naquele momento era real. E eles estavam indo embora. Assim como meu pai e minha mãe. Deveria deixa-los partir? Diferente do que houve com meus pais, com eles, eu parecia ter uma escolha.

Um relâmpago iluminou todo o Grande Templo de Aulas depois que a luz do Totem dos Fundadores extinguiu, e uma forte chuva programada se deu inicio do lado de fora. Antes que pudesse falar ou fazer algo fui interrompido, não pela claridade dos relâmpagos ou barulho dos trovões, mas sim pelo grito de Invy assim que passaram pela porta de entrada do templo. Os três foram surpreendidos por um enxame de Sentinelas, os guardas anti-mágicos que patrulham a academia durante a noite para capturarem aprendizes que desobedecem o toque de recolher sem permissão. No caso, todos nós. 

Dezenas de Sentinelas avançaram contra os jovens infratores, Prima se pós à frente das garotas invocando uma espada longa de sua matéria negra a fim de protege-las. Ele avançou contra seus captores num exuberante show de acrobacia acertando tantos quanto possível, a fim de ganhar tempo para as meninas retornarem ao templo, já que aqui, os abelhudos não podem entrar. Porém uma inusitada ventania trancou as portas do templo, deixando-me ver o rosto de desespero de ambas antes de sela-las do lado de fora, enquanto uma misteriosa figura encapuzada se aproximava no meio do enxame de Sentinelas.


Poderia esconder-me até o amanhecer, que não falta pouco. Ou até fugir pelos fundos já que os três estão servindo de isca para os guardas. Não aceitei a aventura contra o Dragão Elemental atoa, e de fato, depois que descobri que meu pai pode estar envolvido com o Tesouro Divino dos Fundadores eu realmente quis seus itens para tê-lo! Amizade nunca foi minha ambição! Mas antes que pudesse definir meu plano de fuga já estava aos prantos jogando itens mágicos de segunda que encontrava por acaso comigo nos bolsos e mochila, gritando nossos nomes à pleno pulmão em suplica para que o Totem "ascendesse" novamente e aceitasse esses itens efêmeros sem perceber que não seria um tesouro a salva-los dos Sentinelas. 

- INVERNO, OUTONO, PRIMAVERA, VERÃO! - Gritava e de nada adiantava. Escutava em contra-partida os gritos dos meus companheiros de castigo e lembrava que não me deixaram sozinho quando estava em apuros,e fomos os quatro unidos a conseguir fugir do dragão - INVERNO, OUTONO, PRIMAVERA, VERÃO! - Continuava gritando como se nossos nomes fossem uma senha. Lembrei do que Tom disse referente aos nossos nomes, que eles possuem poderes. De certo possuem. Como se fosse uma palavra ma...

- Seu nome é uma palavra mágica! Use sua magia Guardião da Magia - Escutei de súbito um sussurro vindo dos corredores. Mais alguém além de nós estava ali naquela noite? Um devaneio? Ou fora o próprio totem quem havia dito isso? E o que isso queria dizer?

Enquanto isso do lado de fora fatigados, exaustos e sem nenhuma magia, eles foram pegues pelos Guardas Sentinelas com seus toques telecinéticos, cativos os três eram içados contra a vontade de volta à Torre da Diretoria ao passo que a forte chuva caia cortante contra seus rostos. Dezenas de sentinelas encharcados subiam em direção à ilhota quando desesperançosa Invy viu a porta do Grande Templo de Aulas escancarar-se, uma violenta onda chocou-se contra ela forçando sua abertura. Saí de lá com efeitos azulados por todo meu corpo, ainda como se tivesse utilizando meu orbe oceano. Se nossos nomes são palavras mágicas, com eles, como no totem, podemos conjurar magias. E cara, estava me sentindo incrível! Como se de repente tivesse acesso ao poder máximo do Orbe Oceano, poder esse que nunca consegui acessar!  

- Chuva de Verão! - As palavras surgiram em minha mente.



As chuva então ficou ainda mais forte, e mais concentrada, especificamente em cada um dos Sentinelas. A medida que caía os pingos se uniam e se tornavam correntes de água, e logo depois trombas d'água. Colunas e mais colunas de água se formaram e me vi sendo o maestro em uma sinfonia de vórtices aquáticos que deslizavam por toda a Praça Central como bailarinas. Garra, meu pandium familiar, me ajudou a localizar todos os meus alvos, voando e nadando por entre as colunas de água. Em sincronia atingia de cinco a sete Sentinelas de uma só vez, e logo todos jaziam caindo como mariposas encharcadas incapazes de voar. Quanto à Tom, Prima e Invy consegui também controlar as trombas de água de modo que os pegassem como gigantescos braços, levando-os cuidadosamente ao chão. A magia acabou quando o volume de água destinado à chuva programada se esgotou, tendo todos os guardas abelhas caídos desacordados pelo chão.

- Achei que... Coff coff... os Sentinelas eram imunes a magia - Disse Prima tossindo, encharcado e utilizando seu cetro negro transmutado em bastão para se apoiar e levantar-se;

- Parafusos! Foi incrível! Porque não fez isso enquanto enfrentávamos o Dragão? - Tom levantou-se, igualmente encharcada, e claramente prestes a sofrer um curto nos circuitos;

- Você... Você conjurou a magia no dialeto que o Totem falava! - Invy indagou admirada;


Guarda dos Sentinelas
Tudo depois tornou-se um breu. Utilizando essa magia, nova para mim, senti como se toda a minha energia magica tivesse sido utilizada de uma só vez. Caí fatigado. Efeito comum a qualquer conjurador que abuse em utilizar diversas magias num único dia sem o descanso devido, chegar a tal nível de fadiga exige no mínimo 24 horas de descanso ininterruptos. Antes de adormecer completamente vi aproximar-se, dos três ao redor de mim, a estranha figura do tal encapuzado exalando mistério por sua singela, porém enigmática aparência completamente coberta, deixando apenas visíveis seus olhos, esferas azuladas semelhantes aos animais que guarda.

Se tratava do Guarda dos Sentinelas. Segundo round? Todos se prepararam para a briga, ainda que exaustos e certos do castigo que receberíamos por ser, talvez, o primeiro grupo de alunos na história de Luz & Trevas a derrotar pobres Sentinelas em serviço apenas para fugir do castigo. Todos foram pegues de surpresa quando amigavelmente o Guarda pôs toda a culpa em um provável defeito nos circuitos mágicos que controlam as chuvas programadas. Além de nos acompanhar aos nossos dormitórios sem a inconveniente explicação que teríamos que dar caso fossemos à Enfermaria Solar. Lembro que o diretor Sckhar havia falado que ele viria para nos levar aos nossos quartos. Pode ser que, de fato, ele não tenha visto nada e tenha pensado ser tudo obra de uma falha. Pelo menos espero que sim pois dizem que de boas intenções a dimensão Infernum tá cheia!

                                     ...


Grimório de Verão

"Chuva de Verão", escrevi essa magia, os gestos que utilizei, a entonação correta, todos os seus detalhes e efeitos em meu grimório. Tentei utiliza-la novamente em vão, pois acreditem ou não, estava errado quanto à duração dessa fadiga que se mostrou mais longa do que eu poderia imaginar. Tive que mantê-la em segredo do professor de Iniciação em Magia, o ranzinza Galladrielloren Galhallar quando me pedia para lançar uma magia qualquer de primeiro ano. E sim. Nenhuma surpresa, repeti de ano.

- O primeiro da turma a chegar, Verão D'Alffar, acreditava que se considerava superior demais para vir a primeira semana de aula. Ainda mais para um repetente que já viu toda a matéria! - Foi assim que Galladrielloren me recebeu no primeiro dia de aula desse ano;

- Mesma matéria e mesma nota querido professor. Espero que dessa vez a nota máxima da turma seja o suficiente para passar! - E essa foi a minha resposta enquanto Garra pousava em sua mesa presenteando-o com uma maça.


Professor Galladrielloren
Utilizando novamente um ritual de Adivinhação, do grimório de minha mãe, havia descoberto antes de receber minhas provas finais que minha nota foi a melhor da turma. Ou seja, não passei porque o problema dele era comigo. Vamos ver que lições o Volündr quer que eu aprenda esse ano, lições que não aprendi no ano anterior. E depois de ter passado o último ano me concentrando em tirar as melhores notas para superar o meu pai e ingressar no grêmio do Peixe, da matéria-classe Evocação, percebi que todo esse trabalho foi em vão... Ou melhor. Nada foi em vão. O fim do ano mudou toda a minha perspectiva quanto ao que esperar aqui da Academia Arcana de Magia Luz & Trevas. No ano passado tentava cegamente superar meu pai, ignorava a amizade com outros aliens, menosprezava os humanos e me considerava superior à todos. O que esperar de minha segunda chance? Não sei ao certo. 


Prima
Sobre amizades, bem, Tom e Invy sumiram no começo do ano, assim como Prima. Fiquei desacordado por muito tempo por causa da fadiga e quando acordei já tinham ido passar as férias em suas dimensões natais. Eu fiquei na academia estudando, não tinha nenhuma intenção de retornar tão cedo à Ellyllon. Os vi de longe na primeira semana de aula. Agora são todos segundo-anistas, exceto eu, que terei que reprisar novamente a matéria mais chata de todas. Sobre nossos nomes, os itens e o Totem dos Fundadores. Bem... Estou bem em sua frente. E depois de passar todo o verão tentando compreendê-lo percebi que, diferente do altar de Verão, os altares de Primavera, Outono e Inverno não se abririam para mim, ou para os outros itens que trouxe, mesmo gastando muitas valquírias neles. Aquele poder que consegui utilizando meu nome como palavra mágica já me parecia uma recompensa, e se não for, deve existir um Tesouro realmente fabuloso escondido nesse Totem. Mesmo tendo feito descobertas sobre o circulo élfico envolta dele, o próprio totem ainda me era enigmático. Conseguirei supera-lo pai? Desvendando esse mistério e tendo o tesouro que provavelmente almejava e não conseguiu?


Inve
- Eu estava certo baixinho. Você superou seu pai! - Prima deu as caras depois de desaparecido por todo o verão e primeira semana de aula, sentou-se do meu lado em frente ao Totem dos Fundadores no meio da noite a poucos minutos do toque de recolher - Aquela magia elemental que você lançou, cara, duvido que seu pai já tenha feito algo assim com seu Caminho elemental no seu primeiro ano aqui na academia. Nunca vi sequer professores fazendo aquilo;

- Talvez sim, talvez não... - Respondi, sentindo-me estranhamente feliz com a simples presença do cabeça de pedra, sem deixar isso transparecer, claro - O que quer que tenha sido aquilo, não consigo mais fazer... Acredite, tentei! Depois de passar todo o verão fatigado sinto que preciso de duas vezes mais energia mágica para lançar um simples truque de evocação! O preço para essa magia foi alto demais...

- Ainda tentando desvendar os segredos do Totem dos Fundadores rapazes? - Invy se aproximou com Tom, que trazia consigo um novo droide ajudante, e suas Amy e Yumi concertadas e ainda maiores. Sentaram-se as duas - O que aconteceu naquele dia foi incrível. E eu imagino que deva haver outra forma de desvendarmos esse mistério sem eu ter que abrir mão do meu colar - Pegou seu colar e sorriu - Afinal, somos os Guardiões da Magia!


Tom
- Vocês garotos acabariam se matando se nós garotas os deixássemos sozinhos - Tom sorriu para Invy - Somos tão precoces que já descobrimos algo mais! - Tom apontou para o Totem - Digam mais uma vez seus nomes Guardiões Seja-lá-do-que-for!

E em resposta aos nossos nomes, mais uma vez o Totem dos Fundadores se ascendeu, iluminando todo o templo e dando viva aos inanimados familiares de madeira dos antigos fundadores. Com uma combinação de magias Tom conseguiu invocar o Altar de Outono do chão, como o meu surgiu. Claro que eu e Prima ficamos incrédulos e pelo visto eu não fui o único a tentar invocar os altares mais uma vez. 

- Escutem bem rapazes! Vou contar como descobri isso... E de quebra falar como foram minhas férias. Afinal estamos na minha estação, Outono, e isso faz todo o sentido!

Ansiosos ficamos ouvindo as histórias de Tom e suas descobertas além do toque de recolher. Seríamos pegues pelos Sentinelas por causa disso? Quem sabe! Mas se formos não seria a primeira vez que fugiríamos do castigo!







 Continua em:

"Capítulo VII - Os Guardiões da Magia e o Fantasma do Laboratório" (Em breve)

Conto anterior: "Capítulo V - Os Guardiões da Magia e o Livro da Bruxa"

Verifique também o Índice dos contos.

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